Sobre mim
Cozinhar fazia parte de tudo o que acontecia lá em casa. A cozinha foi sempre o centro de tudo e desde que me lembro de existir que me lembro também de gostar da cozinha, e de comer.
Ainda muito pequena pedia ao meu pai que me desse a borra do café para eu poder brincar às cozinhas. Um pouco maior, quando acordávamos ao fim de semana e os nossos pais ainda dormiam, lembro-me de cozinhar para mim e para a Ana, iguarias como bolachas de água e sal fritas em manteiga. Com o tempo tornámo-nos parte da equipa e de descascar alhos e cebolas, passámos a fazer o arroz, fritar um bife, arranjar um peixe e finalmente, fazer o jantar.
Tive uma avó doceira e outra que fazia o melhor feijão preto. Um avô que sabia de carne e peixe ,uma mãe com um pé na cozinha francesa que fazia crepes e gratinados e um pai que tentou criar o pato recheado perfeito ( e que conseguiu mas, não escreveu a receita e nunca pode repetir a proeza ).
Para mim, o topo foi atingido quando pude ser responsável pelo peru de Natal mas, olhando agora para trás, vejo que tudo junto foi uma grande escola culinária, onde não havia grandes barreiras e havia espaço para experimentar.
Nunca tivemos uma hora muito certa para jantar mas, sempre jantámos juntos e sempre conversámos muito enquanto comíamos.
Já fora de casa, cozinhei sempre, passei por várias fases experimentais, desde colecionar os livros de cozinha Vaqueiro, a comprar compulsivamente livros sobre bolos e doces, cozinha oriental, cozinha francesa, portuguesa, ou apenas de algum chef conhecido, até começar a ler mais sobre o que está para lá dos sabores, o que é a nutrição, o que o que cozinho faz pelo meu corpo, o que é uma dieta anti-inflamatória. Todas estas etapas, têm períodos de exclusividade, misturando-se depois nos conhecimentos adquiridos antes e formando assim um caminho.
É este caminho, culinário, doméstico, caseiro, de uma cozinha que uso diariamente que decidi registar aqui. Sem qualquer pretensão, sem seguir qualquer tipo de regime ou de tendência. Um registo do que cozinho, para que possa olhar e ver o caminho percorrido em formato talvez mais seguro do que a minha memória.
Chamo-me Paula, casei com um rapaz que viaja muito, que também cozinha e não tem medo de experimentar sabores. Passo os meus dias entre tingir lã com plantas, costuras e tricot, tenho dois filhos fenomenais, uma cadela um pouco obcecada por mimo, quatro galinhas, uma hamster gourmet e uma pequena horta ao fundo de um pátio algarvio. O meu ingrediente preferido talvez seja queijo mas, depende dos dias.
Ainda muito pequena pedia ao meu pai que me desse a borra do café para eu poder brincar às cozinhas. Um pouco maior, quando acordávamos ao fim de semana e os nossos pais ainda dormiam, lembro-me de cozinhar para mim e para a Ana, iguarias como bolachas de água e sal fritas em manteiga. Com o tempo tornámo-nos parte da equipa e de descascar alhos e cebolas, passámos a fazer o arroz, fritar um bife, arranjar um peixe e finalmente, fazer o jantar.
Tive uma avó doceira e outra que fazia o melhor feijão preto. Um avô que sabia de carne e peixe ,uma mãe com um pé na cozinha francesa que fazia crepes e gratinados e um pai que tentou criar o pato recheado perfeito ( e que conseguiu mas, não escreveu a receita e nunca pode repetir a proeza ).
Para mim, o topo foi atingido quando pude ser responsável pelo peru de Natal mas, olhando agora para trás, vejo que tudo junto foi uma grande escola culinária, onde não havia grandes barreiras e havia espaço para experimentar.
Nunca tivemos uma hora muito certa para jantar mas, sempre jantámos juntos e sempre conversámos muito enquanto comíamos.
Já fora de casa, cozinhei sempre, passei por várias fases experimentais, desde colecionar os livros de cozinha Vaqueiro, a comprar compulsivamente livros sobre bolos e doces, cozinha oriental, cozinha francesa, portuguesa, ou apenas de algum chef conhecido, até começar a ler mais sobre o que está para lá dos sabores, o que é a nutrição, o que o que cozinho faz pelo meu corpo, o que é uma dieta anti-inflamatória. Todas estas etapas, têm períodos de exclusividade, misturando-se depois nos conhecimentos adquiridos antes e formando assim um caminho.
É este caminho, culinário, doméstico, caseiro, de uma cozinha que uso diariamente que decidi registar aqui. Sem qualquer pretensão, sem seguir qualquer tipo de regime ou de tendência. Um registo do que cozinho, para que possa olhar e ver o caminho percorrido em formato talvez mais seguro do que a minha memória.
Chamo-me Paula, casei com um rapaz que viaja muito, que também cozinha e não tem medo de experimentar sabores. Passo os meus dias entre tingir lã com plantas, costuras e tricot, tenho dois filhos fenomenais, uma cadela um pouco obcecada por mimo, quatro galinhas, uma hamster gourmet e uma pequena horta ao fundo de um pátio algarvio. O meu ingrediente preferido talvez seja queijo mas, depende dos dias.